top of page

Alessandro Alpha Muknicka

             lessandro Alpha Muknicka.  uem pratica triathlon e se liga na história da modalidade no Brasil, certamente já ouviu falar dele. Nascido em São Paulo e radicado na Flórida, Estados Unidos, desde meados da década de 80, onde trabalha há 13 anos como um conceituado massoterapeuta residindo em Gainesville, FL.

​

  Muky - como é conhecido - construiu sua carreira de triatleta amador e profissional na década de 90.

​

  Foi selecionado para trabalhar como massoterapeuta oficial dos Jogos Olímpicos no Rio, atendendo dentro da Vila Olímpica inúmeros atletas de diversas modalidades esportivas. Aos 54 anos, Muky tem um extenso currículo de provas de triathlon. Segundo ele, mais de 300. Entre elas, já competiu em 15 provas IronMan pelo mundo (4x IronMan do Havaí em 1994/95/97/98) e atualmente se prepara para a sua quarta competição nas distâncias UltraMan que será o UB515 no Rio em Abril de 2018.

​

  Seus sonhos são tão grandes quanto sua experiência como atleta. Para que isso aconteça, trabalha cerca de 45 horas semanais fazendo massagens na clínica onde trabalha há 10 anos e treina de acordo com a sua disponibilidade de tempo.

​

  Pretende fazer história como o triatleta mais velho do mundo a completar uma prova de ultraman, junto a isso um projeto pessoal ainda mais ousado – se é que existe mais ousado do que já citamos...

A

“Tenho uma relação meio incomum com o Unogwaja Challenge. Em 2014 fui convidado a participar deste evento em 2015 na África do Sul e alguns meses depois, quando já estava engajado na arrecadação de fundos para essa instituição, acabei sendo excluído da equipe. As razões ou motivos nunca me convenceram, eu então decidi mesmo assim viajar até a África e pedalar sozinho sem qualquer tipo de apoio logístico os 1.700km entre Cape Town e Pietermaritzburg antes de correr a ultramaratona Comrades, repetindo o feito de 1933 de Phil Masterton-Smith” ... conta Muknicka

   Na verdade, esta história começou ainda nos anos 80, quando Muky morava em São Paulo, jogava polo-aquatico no Club Athletico Paulistano e era aluno do CPOR (Centro Preparatório de Oficiais da Reserva). No CAP,  Muky conheceu Nato Amaral, que anos depois seria nomeado embaixador da Comrades no Brasil, sendo o sulamericano com o maior número de participações na tradicional ultramaratona (14x Comrades finisher).

​

  “Fiquei mais de 30 anos sem qualquer contato com ele, até que em 2014 nos aproximamos através das redes sociais. Ele estava treinando para o tal Unogwaja Challenge. Até então eu nunca tinha ouvido falar desse evento como também sobre essa incrível ultra maratona. Mas a história contada pelo Nato me encheu os olhos. E ele me convenceu a me candidatar para ser um dos 12 atletas de 2015. Depois de um processo criterioso, fui escolhido junto com mais um atleta brasileiro.        Seríamos três brasileiros pedalando no Unogwaja Challenge.      Até que em janeiro fui cortado do evento”, conta Muky, que naquela época vinha treinando para o Ultraman da Flórida.

   Muky lembra que passou três dias muito abalado e triste, afinal ele vinha se dedicando para arrecadar o alto valor exigido pela organização para a filantropia na África do Sul e ainda o valor necessário para a viagem sem contar a taxa de inscrição, havia mudado toda a sua rotina de trabalho para juntar o necessário. 

 

  Refeito da surpresa, Muky resolveu continuar o que já havia começado. Trabalhou dobrado, pediu ajuda financeira aos familiares e amigos, juntou com os US$800 de reembolso da inscrição e comprou uma passagem para a África do Sul.

(clique para amliar)

“Cheguei na Cidade do Cabo com a minha bike sem conhecer ninguém e sem qualquer contato. Lembro que com mais de trinta anos viajando ao exterior, nunca vi minha mãe chorando no aeroporto, vendo ela pensar que eu não poderia voltar vivo ao pedalar sem apoio cruzando o país durante 10 dias e com medo de ser roubado, contrair o vírus Ebola, ser atropelado ou mesmo de ser atacado por algum animal. Lembro me que disse a ela caso fosse morrer, estaria realizando algo que eu amo e com o coração em paz, pois lá no fundo minha intuição me deixava tranquilo e confiante. Larguei da cidade do Cabo para iniciar esse desafio com minha bicicleta carregando no bagageiro mais de 20 quilos no dia seguinte após a partida do team Unogwaja. Dormi na beira de estradas ou em pequenas pousadas e apesar de estar sem apoio logístico e suporte de veículo algum, cheguei ao destino final após 10 dias. No mesmo dia em que a equipe oficial deles em Pietermaritzburg e no dia seguinte larguei para correr a Comrades Marathon” 

...conta Muky, que repetiu o feito em 2016

   Ter se inspirado em Phil Masterton-Smith dois anos consecutivos despertou em Alessandro Muknicka a vontade de proporcionar a aventura a outros atletas amadores. Este ano (2017) ele repetiu esta incrível jornada, mas de outra forma.           

   Levou consigo alguns amigos atletas, realizando o seu próprio evento chamado “Cape to Comrades Challenge" . Deu a eles o apoio logístico de uma grande equipe e a liberdade de pedalar ou não durante todo o percurso.

​

  “Minha intenção é fazer com que este evento seja realizado anualmente pelo menos nos próximos 15 anos, com isso solidificar este projeto tendo como plataforma principal o engajamento dos atletas e staff selecionados a integrar a equipe no crescimento de uma fundação voltada aos jovens carentes que queiram praticar esportes e dedicar se aos estudos através de uma ação comunitária em prol da sua comunidade local com o suporte financeiro oriundo de empresas envolvidas no evento", completa Muky. Segundo ele, poderia fazer tudo sozinho de novo e colher os resultados disso.

 

  ''Mas eu quero proporcionar a outras pessoas a oportunidade de vivenciar essa odisseia épica, vinculando isso a um movimento filantrópico de desenvolvimento do esporte para crianças na África do Sul e Brasil. Quero passar a mensagem de que tudo é possível quando acreditamos em nós mesmos”, completa Muky.

​

  O “Cape to Comrades Challenge” é o protagonista do roteiro de sonhos de Alessandro Muknicka. Durante os próximos 15 anos consecutivos, o triatleta não só quer organizar e participar no evento mas também deseja competir pelo menos em uma prova de ultraman por ano. Em 2018 o desafio é o UB515 Brasil Ultra Triathlon, em abril.

  No meio disso tudo Alex ainda pretende estabelecer um novo recorde mundial em seu campo de trabalho na massoterapia, estando capacitado e credenciado a realizar por 72 horas interruptas com sessões de massagens em uma mesa, com isso fazendo um evento promocional com repercussão mundial e também arrecadando fundos em prol de uma fundação beneficente.

“Espero fazer isso até os meus 70 anos e ser o triatleta mais velho no mundo a completar uma prova de ultraman, atualmente o recorde mundial é de 67 anos”, conta Muky...

 

​

bottom of page